sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Xiaomi doa máscaras para cidade chinesa afetada pelo coronavírus

Tida como origem do surto de coronavírus que preocupa o mundo todo, a cidade de Wuhan, na China, entrou em estado de isolamento para impedir o avanço do problema. Algumas empresas chinesas se prontificaram a ajudar nos trabalhos de prevenção. Uma delas é a Xiaomi, que está doando máscaras e termômetros para a região.

Mulheres com máscara na China (Foto: Felix Wong/SCMPO)

Por meio de sua conta no Weibo (rede social bastante popular na China), a companhia revelou que já enviou o primeiro lote de suprimentos às autoridades locais. As caixas contêm respiradores N95 (um tipo de máscara próprio para ambientes contaminados ou com muitas partículas suspensas no ar), máscaras cirúrgicas e termômetros.

A Xiaomi informou ainda que continuará monitorando a situação e enviando suprimentos para Wuhan enquanto esse tipo de auxílio for necessário.

Dadas as circunstâncias — incluindo o fato de Wuhan ter cerca de 11 milhões de habitantes —, todo tipo de ajuda parece mesmo ser bem-vindo. Não é à toa que outras companhias chinesas também já fazem contribuições.

É o caso da JD.com (gigante chinesa do comércio eletrônico), que se comprometeu a doar 1 milhão de máscaras e outros suprimentos médicos, e da Douyin (versão chinesa do TikTok), que está divulgando em seu aplicativo campanhas e informações de prevenção.

Estimativas oficiais indicam que cerca de 900 casos de infecção pelo vírus já foram confirmados na China. Até agora, pelos menos 26 pessoas morreram no país devido a complicações causadas pelo coronavírus.

Como parte dos esforços para conter a propagação do vírus, o governo da China cancelou as comemorações oficiais do Ano Novo chinês e colocou Wuhan e região em uma espécie de quarentena. Como consequência, voos comerciais e os principais sistemas de transporte da área foram suspensos.

Suprimentos enviados pela Xiaomi

Suprimentos enviados pela Xiaomi

Suprimentos enviados pela Xiaomi

As autoridades também têm recomendado aos chineses o uso de máscaras para diminuir o risco de infecção pelo coronavírus, especialmente em ambientes públicos.

Não por acaso, a venda de máscaras disparou na China. Só a JD.com comercializou 126 milhões de unidades entre 19 e 22 de janeiro. A companhia se comprometeu a não aumentar os preços, apesar da grande procura, decisão que também foi seguida pela Taobao, plataforma de comércio eletrônico da Alibaba.

Como a maioria dos moradores de Wuhan não tem permissão para deixar a região, a distribuição de itens de prevenção à população local tem se mostrado uma medida importantíssima de combate ao coronavírus.

Com informações: Gizmochina, ChinaTechCity.

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