O FBI informou que conseguiu desbloquear mais um celular da Apple. O modelo desta vez é um iPhone 11, apreendido em uma investigação. De acordo com a agência, o processo levou quase dois meses para ser concluído.
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O iPhone 11 era usado por Lev Parnas, ex-sócio de Rudy Giuliani, advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Parnas revelou ter agido para convencer o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky a investigar o filho de Joe Biden, um dos pré-candidatos do partido Democrata à eleição presidencial.
A defesa de Parnas acusa o Departamento de Justiça de demorar mais do que o necessário para liberar as informações armazenadas no celular em uma tentativa de prejudicá-lo. O celular foi apreendido em outubro e teria sido desbloqueado em 3 de dezembro. O governo dos EUA nega esta acusação.
"Parnas se recusou a fornecer a senha para seus dispositivos, o que é obviamente seu direito, mas que exigiu que o FBI passasse quase dois meses desbloqueando o iPhone 11", afirmou o Departamento de Justiça em carta ao juiz responsável pelo caso.
Para ter acesso aos dados no celular, a agência teria trabalhado com a empresa israelense de segurança Cellebrite. A companhia também esteve envolvida no desbloqueio do celular do atirador que deixou 14 pessoas mortas em San Bernardino, na Califórnia, em 2015.
O FBI afirmou ainda que tenta acessar outros dispositivos de Parnas que estão protegidos por senha. A revelação sobre o desbloqueio do iPhone 11 acontece em uma semana em que a relação da Apple com o governo ganhou novos capítulos.
Na terça-feira (21), a Reuters revelou que a empresa desistiu de adotar criptografia de ponta a ponta no iCloud após consultar o FBI. Dias antes, a agência conseguiu desbloquear por conta própria um iPhone 11 Pro Max de um acusado de dar seu passaporte ao irmão para ajudá-lo a fugir dos EUA.
Apesar de, aparentemente, conseguir acessar as informações do celular, o governo americano mostra sua insatisfação com a empresa. Na semana passada, Trump afirmou que a empresa se recusa a desbloquear celulares de "assassinos, traficantes de drogas e outros elementos criminosos violentos".
A crítica foi feita no Twitter após o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, reclamar da falta de "ajuda substancial" da Apple neste caso. A fabricante, por sua vez, afirmou que contribuiu com a investigação ao compartilhar vários backups do iCloud.
Com informações: Bloomberg, Gizmodo.
FBI teria levado dois meses para desbloquear um iPhone 11
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