sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Facebook sugere que invasão ao WhatsApp de Jeff Bezos seja culpa do iPhone

O Facebook, proprietário do WhatsApp, se pronunciou após a revelação de que a conta de Jeff Bezos no mensageiro foi invadida. De acordo com a empresa, a responsabilidade pelo ocorrido pode não ser do aplicativo, e sim do iPhone.

Facebook se pronunciou sobre a invasão ao celular de Jeff Bezos (Foto por Smithsonian Institution/Flickr)

Em entrevista à Bloomberg em Davos, na Suíça, a vice-presidente do Facebook para Europa, Oriente Médio e África, Nicola Mendelsohn, afirmou que a empresa não comentaria casos individuais. Porém, indicou que o vazamento de dados aconteceu por conta de brechas no iOS.

"Uma das coisas que se destacam são, na verdade, algumas das possíveis vulnerabilidades subjacentes nos sistemas operacionais dos celulares", afirmou. "Do ponto de vista do WhatsApp, do ponto de vista do Facebook, o que mais nos interessa, o que investimos é garantir que as informações que as pessoas têm conosco estejam seguras e protegidas".

Mendelsohn não citou o iOS, mas o celular usado por Bezos era um iPhone X. O executivo teria sofrido uma "extração massiva e não autorizada" de dados após receber um vídeo do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, em maio de 2018. Ele havia fornecido seu número de telefone a bin Salman durante um jantar em Los Angeles.

A suspeita surgiu em um relatório da consultoria FTI, contratada por Bezos. O documento indica que o vazamento chegou a dezenas de gigabytes e foi realizado por meio de uma ferramenta da NSO Group, empresa israelense responsável pelo spyware Pegasus. A companhia afirma que não tem envolvimento com este caso porque sua tecnologia "não pode ser usada em números de telefone dos EUA".

O caso chegou à ONU, que cobrou explicações do governo saudita. Em comunicado, especialistas da organização afirmaram que o ataque sugere uma participação de bin Salman para "influenciar, se não silenciar, as reportagens do The Washington Post sobre a Arábia Saudita".

Bezos é dono do The Washington Post desde 2013. O jornal é o mesmo em que o colunista Jamal Khashoggi trabalhava antes de ser assassinado em outubro de 2018 por ordens do príncipe saudita, de acordo com os EUA.

A Arábia Saudita classificou como "absurdas" as acusações de invasão ao celular de Jeff Bezos. O país afirmou ainda que "não conduz atividade ilícitas dessa natureza, nem as tolera" e pediu que as provas sejam divulgadas para poder demonstrar que elas são "comprovadamente falsas".

Com informações: Mashable.

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