segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Oi registra prejuízo de R$ 5,7 bi no 3° trimestre com queda de receita

A Oi acaba de divulgar seu balanço financeiro do terceiro trimestre de 2019, e a empresa registrou prejuízo de R$ 5,7 bilhões. A notícia chega após o adiamento da divulgação dos resultados, previsto inicialmente para o dia 13 de novembro. Em meio a um processo de recuperação judicial, a operadora perdeu clientes de telefonia móvel, banda larga fixa e TV paga.

Oi

O número total de clientes caiu: foram 55,1 milhões de unidades geradoras de receita (UGRs) no trimestre, 6,2% a menos que no mesmo período de 2018. A receita líquida total se reduziu em 8,8%, fechando em R$ 5 bilhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de rotina) foi de R$ 979 milhões, queda de 32,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O investimento (capex) do trimestre foi de R$ 2,06 bilhões. A empresa fechou o período com R$ 3,1 bilhões em caixa (-38,2%); a dívida líquida cresceu 17%, atingindo a marca de R$ 14,7 bilhões.

Oi perde clientes de telefonia móvel

A receita líquida do negócio de mobilidade pessoal foi de R$ 1,7 bilhão, queda de 2,2% no ano. A Oi sofreu redução de 4,8% em clientes de telefonia móvel, mas teve alta de 22,8% no pós-pago. A operadora tem sido bastante agressiva com foco no plano de R$ 99, que usualmente possui 50 GB de internet (e aumentou para 100 GB durante a Black Friday).

O ARPU (receita média por usuário) de serviços móveis cresceu 1,2% e atingiu R$ 16,30. Houve redução de 1,1% no ARPU do pré-pago.

A Oi terminou o período com cobertura 4G em 939 municípios, dos quais 42 possuem tecnologia 4.5G. A cobertura 3G abrange 1.649, cidades enquanto a rede 2G se encontra em 3.453 municípios.

Oi vê faturamento cair em telefonia fixa e TV paga

A receita líquida de serviços residenciais foi de R$ 1,8 bilhão, queda de 13,5% no ano. A Oi sofreu redução de 10,8% no número de clientes, principalmente no serviço de telefonia fixa (-12,8%) e banda larga fixa (-9,7%).

Após revisitar a estratégia e desestimular a tecnologia de satélite (DTH), a receita do serviço de TV paga também recuou em 3%, com desconexão de 57 mil UGRs e queda de 3,6% na base de clientes.

O ARPU de serviços residenciais foi de R$ 79,20, queda anual de 1,2%. A operadora não divulga os números independentes de cada serviço, mas afirma que houve alta na receita média de banda larga e TV paga.

Oi expande banda larga por fibra óptica

Colocando em prática o plano estratégico, a Oi mantém o foco na expansão da rede de fibra óptica, mas ainda não conseguiu atingir resultados expressivos: a própria operadora afiram que a maior parte da base atual de banda larga da companhia é formada por acessos de cobre (com tecnologia ADSL e VDSL), e que sofre uma acirrada competição das operadoras regionais que atuam com banda larga fixa em pequenas cidades.

No total, são 408 mil clientes de fibra em 73 municípios, enquanto o total de UGRs de banda larga fixa foi de 4,5 milhões. A fibra óptica da companhia chegou a 3,6 milhões de domicílios cobertos, dos quais 1,1 milhões foram alcançadas no trimestre. A operadora espera terminar o trimestre com 4,6 milhões de casas home passed e chegar a 16 milhões em 2021.

A estratégia da Oi não estimula adesão ao serviço de cobre, mesmo que esteja presente em 4,6 mil cidades enquanto a fibra só está em 76 municípios. Dados estimados de novembro indicam que a operadora vendeu mais fibra, com 71% da adesão. Ela informa que nas cidades com fibra, o crescimento da base FTTH compensa a maior parte da queda do cobre.

Oi também sofre queda em serviços corporativos

No segmento corporativo, a Oi teve queda de 8% na receita líquida, atingindo R$ 1,3 bilhão. O número de UGRs teve crescimento de 2,1% no período graças ao aumento da base móvel em 15,2%, que atingiu 2,8 milhões de linhas.

A banda larga fixa corporativa teve queda de 6,7% na base de assinantes, fechando o trimestre com 502 mil clientes. Já o serviço de voz fixa recuou 5,7%, com 3,3 milhões de linhas.

Com informações: Oi.

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