Durante a divulgação dos resultados financeiros do último trimestre de 2019, o CEO da Vivo, Christian Gebara, informou que a empresa tem interesse na compra do braço móvel da Oi e de pequenos provedores de internet. É a primeira vez que uma grande operadora fala publicamente sobre a compra de prestadoras de pequeno porte.
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"Se tiver qualquer ativo à venda, precisamos analisar e sempre queremos ver se há necessidade. Caso o processo comece oficialmente, vamos estar lá", informou Gebara após uma pergunta sobre consolidação com a Oi. No entanto, o executivo afirma: "Não vemos nada ainda com a qualidade de rede e FTTH que precisamos".
Gebara ainda aponta que a consolidação também pode acontecer entre as próprias empresas. Juntas, as operadoras competitivas são maioria no Brasil. De acordo com os dados referentes a dezembro de 2019, mais de 30,1% dos acessos de banda larga são de pequenos ISPs. O grupo Claro é líder de mercado com 29,4%, seguido de Vivo (21,6%), Oi (16,1%), Algar (1,9%) e TIM (1,8%).
Fibra deve chegar a mais 2,3 milhões de domicílios em 2020
Gebara anunciou que a Vivo atingiu 11 milhões de domicílios home-passed em FTTH em dezembro de 2019, e que o serviço por fibra estará disponível em mais 2,3 milhões. Com a adição, a cobertura da Vivo chegaria a 13,3 milhões de lares.
A expansão será dividida entre novos municípios onde a Vivo não está presente ou atende apenas com ADSL, além de cidades com acessos em FTTC, herdados da antiga rede da GVT. A expansão da fibra permite que a operadora ofereça velocidades maiores, como 100 Mb/s e 300 Mb/s, além de TV por assinatura com tecnologia IPTV.
Um levantamento realizado pelo Tecnoblog apurou que a Vivo conseguiu crescer 9,8% nos acessos de fibra óptica nas capitais da GVT durante o ano de 2019.
Com tecnologia FTTC, a Vivo vende velocidades de até 50 Mb/s, mas depende de fatores técnicos como distância do modem do cliente até a central da operadora. Em muitos casos, clientes ficam restritos à velocidade de 15 Mb/s, enquanto sua principal concorrente, Claro, consegue entregar até 240 Mb/s praticamente em qualquer local coberto pela rede de cabos coaxiais.
A fibra é importante para que a Vivo continue sendo uma operadora relevante de banda larga e até mesmo de TV por assinatura, visto que ela encerrou a comercialização de TV via satélite e tenta migrar a base atual de clientes para o IPTV. Com velocidades menores que os concorrentes e sem a cobertura FTTH, clientes acabam cancelando o serviço e trocando de fornecedor.
Com informações: Telesíntese, Teletime
Vivo mostra interesse em pequenos provedores de internet via fibra
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