quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Mi Store Brasil, loja não-oficial da Xiaomi, reembolsa alguns clientes

A Mi Store Brasil, loja não-oficial da Xiaomi, sumiu no início do ano sem entregar os celulares dos clientes, causando um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão para mais de mil clientes. Alguns deles conseguiram recuperar o dinheiro entrando diretamente em contato com a PAD Eletrônicos, empresa que emitiu o boleto de pagamento.

Mi Store Brasil

Clientes que pagaram por boleto através do PagSeguro relatam ao UOL que entraram em contato com a PAD Eletrônicos através do e-mail padeletronicos@gmail.com, pedindo providências e ameaçando abrir processos judiciais.

Eles tiveram resposta após algum tempo: a empresa solicitou o comprovante de compra e os dados bancários; oito pessoas dizem que receberam estorno através de transferência feita em nome da PAD ou de Mauricio Pedro da Silva.

O PagSeguro decidiu a favor dos clientes que pagaram por boleto e abriram reclamação no prazo de 30 dias. No entanto, o reembolso é liberado apenas se o vendedor tiver dinheiro em conta, o que não é o caso — a loja encerrou as atividades.

Quanto ao PayPal, quem abriu reclamação dentro de 45 dias conseguiu obter o dinheiro de volta. Infelizmente, a Mi Store Brasil enrolou os clientes dizendo que os atrasos eram culpa da transportadora, e alguns perderam esse prazo.

Por sua vez, quem comprou por cartão de crédito via Mercado Pago não é protegido contra fraudes. A empresa explicou aos clientes que "o valor é liberado automaticamente... como uma transação bancária convencional... não podemos ressarci-lo caso seu vencedor não retorne".

Assim, algumas pessoas recorreram diretamente ao banco que emitiu o cartão para conseguir o chargeback, isto é, o lançamento de crédito na fatura como forma de reembolso. Em geral, o Nubank é a instituição financeira que mais costuma oferecer o dinheiro de volta.

MiStore Brasil pode ter causado prejuízo de R$ 1,5 milhão

"A MiStore Brasil por forças maiores vai se despedir em 2020", diz a loja em uma nota de esclarecimento. Ela é relacionada à Action Sales, que pertencia a Anderson Figueiredo dos Santos; à JCell, com CNPJ em nome de Jorge Juarez Krause; e à PAD Eletrônicos, em nome de Paulo Andrey Silva Dias.

O Mobizoo estima que mais de mil clientes não receberam os celulares da Xiaomi vendidos pela loja não-oficial. O valor médio da compra é de R$ 1,2 mil, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ 1,5 milhão.

Outra loja não-oficial da Xiaomi também deixou de entregar produtos aos clientes: a Xiaomi BRZ é acusada de não pagar uma dívida de R$ 5,5 milhões para a GenComm, que assumiu a plataforma de comércio eletrônico da japonesa Rakuten no Brasil.

Com informações: UOL.

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