segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Dono do iStreamItAll, serviço maior que Netflix, se declara culpado de pirataria

O iStreamItAll, serviço pago de streaming que oferecia um catálogo de séries e filmes maior que a Netflix, foi derrubado pelo FBI em agosto. Agora, o dono do site se declarou culpado por violação de direitos autorais e lavagem de dinheiro. Ele também ajudou a criar outro serviço pirata chamado Jetflicks, que também saiu do ar.

Bandeira pirata (Por Public Domain Pictures)

Darryl Julius Polo, conhecido como "djppimp", se declarou culpado na última quinta-feira (12) em um tribunal dos EUA: ele reconheceu três acusações de violação de direitos autorais; uma acusação de conspiração para cometer violação de copyright; e uma acusação de lavagem de dinheiro.

O homem de 36 anos cuidava do iStreamItAll (ISIA), serviço de assinatura que oferecia mais de 118.479 episódios se séries e 10.980 filmes, e que dizia ter mais conteúdo do que Netflix, Hulu, e Amazon Prime nos EUA.

Polo usava scripts para automatizar o download de novos episódios de séries e lançamentos de cinema, incluindo alguns dos maiores sites de torrents e Usenet NZB do mundo. O conteúdo era salvo em servidores no Canadá para que os usuários fizessem streaming ou download.

Além disso, Polo admitiu cuidar de outros serviços de pirataria, como um site de indexação de vídeos chamado SmackDownOnYou; e disse ter recebido mais de US$ 1 milhão com essas atividades.

iStreamItAll

EUA acusam 8 pessoas do Jetflicks por pirataria

Polo também era uma das pessoas que tocavam o Jetflicks, outro serviço ilegal de streaming que custava US$ 9,99 mensais. Ele saiu da equipe e criou o ISIA, que servia como concorrente.

Em agosto, oito indivíduos foram acusados formalmente pelo Departamento de Justiça dos EUA de violarem direitos autorais ao comandarem o Jetflicks. Um deles é Luis Angel Villarino, 40 anos, que se declarou culpado de uma acusação de conspiração para violar copyright.

O Jetflicks dizia ser ainda maior que o ISIA, com 183 mil episódios de série, e alegava ter mais de 37 mil assinantes. Os dois serviços eram operados a partir de Las Vegas, nos EUA. Eles causaram "a perda de milhões de dólares para proprietários de direitos autorais de programas de televisão e filmes", segundo o Departamento de Justiça.

As sentenças de Polo e Villarino serão reveladas em março de 2020.

Com informações: Gizmodo, Engadget.

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