quarta-feira, 18 de março de 2020

Por trás do Poker

A história de como, onde e quando o poker surgiu é um mistério, até mesmo para os pesquisadores. Muitas histórias e suposições são feitas sobre o assunto, mas, independentemente da resposta, a verdade é que o jogo se espalhou pelo mundo e, hoje, é um dos mais praticados pelos amantes do baralho. E a boa notícia é que nós sabemos bem o caminho que o esporte trilhou para ser reconhecido como o que é, e vamos te contar neste artigo!

origem poker

Já contamos aqui no blog sobre toda a preparação física e mental para jogar poker, sobre alguns momentos pontuais que fizeram o jogo estourar no mundo e até ensinamos 7 formas de como ganhar dinheiro com o poker. Hoje, vamos trazer algumas curiosidades e histórias de bastidores de quem pensa, faz e joga esse famoso esporte da mente.

Quem pensa o Poker

Grandes mentes ao redor do mundo estão por trás do sucesso do poker. Aqui no Brasil, podemos citar o Alberoni Castro, mais conhecido como Bill, que acumula dois cargos: Diretor Executivo da Confederação Brasileira de Poker e Diretor Esportivo da Confederação Panamericana de Poker. E a sua história com o jogo é, no mínimo, curiosa.

Primeiros torneios de poker ao vivo no Brasil

h2 clube poker

Ele foi apresentado ao poker por amigos em 2004, quando tinha acabado de sair da faculdade. Um grande amigo organizava alguns encontros de poker com os estudantes, mas, na época, o esporte ainda não era tão conhecido; todos ainda estavam tentando entender o que era o Texas Hold’em e como funcionavam as regras. Para se ter uma ideia, naquele ano, a ESPN estava começando a transmitir o World Series of Poker (WSOP) no país. Até que um dia, este mesmo amigo – que sabia que ele estava fazendo pós-graduação em Administração e Marketing Esportivo – o chamou para fazer um torneio aberto de poker, convite que ele aceitou sem pensar duas vezes.

bill poker

Mal sabia ele que este encontro despretensioso (que reuniu apenas 40 pessoas, sem dealer e com toalhas de feltro compradas na 25 de março) viria a ser um dos maiores eventos de poker do Brasil daquela época. Claro, o esporte ainda estava engatinhando no país, mas, ainda assim, foi um começo e tanto de carreira na área! A dificuldade em conseguir público também se dava ao fato de jogos de cartas, no geral, estarem amplamente associados a algo errado, proibido. Muitas competições eram realizadas em clubes fechados e até fundos de restaurantes para não chamar muita atenção.

Por isso, toda essa evolução do esporte, sem dúvida nenhuma, não existiria se não houvesse o apoio legal de pessoas como o Bill e, claro, a Confederação, junto com toda o esforço em cima da comprovação de que o poker é uma atividade esportiva; é um esporte legal, da mente, social e inclusivo.

Quem faz o Poker

Depois de o jogo passar por todos os percalços, vieram os dias de glória! Diversos clubes começaram a surgir em grandes cidades e levaram a prática a outro nível. E os profissionais que trabalham nesses locais são os verdadeiros responsáveis por toda a magia e o encantamento do esporte. Conversamos com dois dealers do H2 Club São Paulo para saber um pouco mais sobre o dia a dia deles na profissão.

Dealer de Poker

Andressa Apoena entrou neste mundo ocasionalmente, quatro anos atrás. Ela precisava de uma renda extra e conseguiu um trabalho no clube como freelancer. Foi aprendendo a jogar poker com amigos e, depois, fez um curso para se especializar. Para ela, todo o preconceito em torno do jogo ainda existe, mas não tanto quanto antes; hoje, as pessoas ficam curiosas para saber mais sobre sua rotina no clube. Andressa ressalta também que a segurança que o local oferece e a presença de alguns influenciadores na área ajudaram a mudar e melhorar essa imagem.

Paixão feminina pelo poker

Dener Melo da Costa também é dealer profissional no H2 Club, mas já está neste ramo há mais tempo: 13 anos. Também conheceu o poker por meio de amigos, logo na época do boom mundial em torno do jogo. Na época em que os bingos eram fechado em São Paulo, as casas de poker começavam a abrir. Ele conta que, a primeira vez que viu uma dealer num jogo, ficou encantado com a destreza e velocidade dela, e soube que queria fazer isso da vida. Mas, logo no começo de sua carreira, os problemas com a polícia eram tão recorrentes nos clubes, que Dener chegou a pensar em sair do ramo. Felizmente, ele persistiu e, hoje, sente que as pessoas olham com respeito e admiração.

Quem joga o Poker

Bom, já falamos quem pensa e quem faz o poker, agora é a hora de falar sobre aqueles que jogam! Para isso, nada melhor que conversar com Saulo Sabioni e Lincon Freitas, novos embaixadores do Bodog, e Beth Silva, jogadora que tem uma história muito especial com o esporte.

saulo jogador poker

Saulo é campeão brasileiro de poker e sócio-proprietário do Suits Poker Team. Começou no ramo recreativamente e percorreu um bom caminho até se tornar profissional. Para quem acha que é fácil, ele faz questão de ressaltar que envolve muito estudo e treino. Para ele, os grandes jogadores que se dedicam e estudam, no longo prazo, conseguem se diferenciar daqueles que estão ali só por diversão e que vão ganhar esporadicamente. “A grande magia do poker é essa: o pior ter a oportunidade de ganhar do melhor algumas vezes. Todos os esportes têm variantes, mas o poker tem um pouco mais, e isso é saudável”. Após conseguir grandes feitos na carreira – como ser o único jogador brasileiro a ganhar dois minieventos de um BSOP e o primeiro a ser bicampeão do Main Event do torneio – e viajar o mundo participando de competições, Saulo diz que está vivendo o que, antes, era apenas um sonho.

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Seu sócio no Suits Poker Team, Lincon Freitas conheceu o poker em 2008, ainda na faculdade, e também jogava apenas como uma brincadeira, com o pessoal da república em que morava. Ele conta que sempre achou que tinha muita sorte envolvida no poker, mas mudou de ideia quando viu que existiam maneiras de estudar e traçar estratégias para aumentar ainda mais o seu lucro. “Todo mundo conhece o poker e muita gente quer essa vida, mas acaba desistindo quando vê que tem que trabalhar e se esforçar para ser melhor. No meu caso, foi ao contrário, o amor só aumentou”.

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A trajetória da Beth Silva no poker é bem diferente da maioria dos jogadores. Ela entrou nesse mundo por influência do filho, Vinicius Silva, jogador profissional. Vini nasceu com paralisia cerebral e, por muitos anos, ficava apenas em casa, jogando pelo computador. Na época, Beth não entendia nada daquele mundo e não sabia como alguém podia ler uma tela de poker. “Meu filho tem uma história diferente, mas a deficiência dele acaba ficando muito pequena perto do carisma que ele tem. E eu acabei me envolvendo com o poker em função disso. Nunca tinha sentado numa mesa de poker, mas eu quis jogar, porque o Vinicius me incentivou”. Embora tenha tomado o gosto por jogar e, claro, ganhar dinheiro com o esporte, ela confessa uma coisa: o que a fascina mesmo é a possibilidade de levar o troféu pra casa; tem verdadeira paixão pela competitividade.

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