O Google comprou o YouTube em 2006 e, desde então, nunca revelou detalhes sobre o faturamento do serviço de vídeos. Isso mudou: a plataforma teve receita de US$ 15 bilhões em 2019, quase dobrando de tamanho em dois anos. Isso não considera as assinaturas do YouTube Premium e YouTube Music Premium, que têm 20 milhões de usuários pagantes.
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O YouTube teve faturamento com anúncios de US$ 8,15 bilhões em 2017, US$ 11,15 bilhões em 2018 e US$ 15,15 bilhões em 2019. Só no quarto trimestre do ano passado, foram US$ 4,7 bilhões, e isso não leva em conta os US$ 750 milhões em assinaturas e outras receitas que não vieram de publicidade.
Enquanto isso, o YouTube Music Premium e o YouTube Premium têm uma base combinada de mais de 20 milhões de assinantes. Os serviços oferecem uma experiência sem anúncios e permitem ouvir áudio em segundo plano no celular e tablet. Eles custam R$ 16,90 e R$ 20,90 por mês, respectivamente.
Nos EUA, existe ainda o YouTube TV, que permite fazer streaming de canais de TV aberta e paga. Ele custa US$ 49,99 mensais, pode ser compartilhado entre até seis pessoas, e dá espaço ilimitado na nuvem para gravar programas e assisti-los depois. São 2 milhões de clientes no total.
É difícil comparar as assinaturas do YouTube com outros serviços, porque cada um tem uma proposta diferente. A Netflix possui 167 milhões de usuários pagantes, o Amazon Music tem 55 milhões de assinantes, enquanto o Apple Music conta com 60 milhões.
Google tem crescimento de receita abaixo do esperado
Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, não disse por que a empresa decidiu divulgar esses dados pela primeira vez. Talvez seja para distrair de um fato negativo: a receita total teve o pior crescimento desde 2015, derrubando as ações em até 5% após o fechamento dos mercados.
No quarto trimestre de 2019, a Alphabet teve receita de US$ 46 bilhões, alta de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. (Os investidores estavam acostumados com crescimentos de 20% ou mais.) Desse total, US$ 27,2 bilhões vieram das buscas e dos anúncios; enquanto US$ 2,6 bilhões correspondem à plataforma de nuvem Google Cloud.
Há ainda a categoria "Outros", que engloba vendas de hardware — como o Pixel e o Google Home — além dos anúncios do YouTube; a receita aqui foi de US$ 5,3 bilhões. Considerando todas as divisões da empresa, o lucro foi de US$ 10,7 bilhões.
Com informações: VentureBeat, Mashable, The Verge.
Google revela que YouTube faturou US$ 15 bilhões com anúncios em 2019
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