Em meio a um processo de recuperação judicial, a Oi tem sofrido com especulações a respeito de uma possível venda do braço móvel. No entanto, executivos da operadora negam qualquer intenção, afirmam que não há negociações em andamento e destacam a importância da Oi Móvel.
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Em entrevista concedida ao Valor Econômico, o COO Rodrigo Abreu informa que não há possibilidade da Oi se desfazer de sua operação móvel no curto prazo como forma de suprir necessidades de financiamento e que não há negociações em curso ou ofertas concretas pelos ativos do braço móvel.
Abreu destacou que, se por algum acaso o negócio acontecesse, o processo demoraria e não poderia ser concluído em alguns meses, por conta de processos regulatórios, concorrenciais e legais. No entanto, a operadora não descarta uma possível venda no longo prazo: “Um dos pontos positivos do nosso plano é que temos também essa opção de futuro, de analisar se essa seria uma opção que poderia gerar valor para a companhia com o valor correto se existisse uma oferta”, afirma.
Ao Telesíntese, Abreu também informou que a unidade móvel é valiosa para a Oi e tem crescido no pós-pago, como apontam os últimos resultados financeiros. Por ter papel importante na geração de valor para a companhia, a Oi protegerá essa capacidade para melhor tomada de decisão numa evolução futura.
Levantando caixa
Para levantar o caixa e colocar em prática o plano estratégico, a Oi deve vender ativos não estratégicos, como torres, imóveis e data centers, além da participação de 25% no capital da operadora angolana Unitel. A operadora demonstrou foco na expansão da sua rede de fibra óptica para adoção de tecnologia FTTH e já possui quase 500 mil clientes de fibra óptica, com previsão para terminar o ano com 5 milhões de domicílios cobertos. Para 2021, a expectativa é de que existam 16 milhões de home passed pela Oi.
Além disso, a Oi deve lançar títulos de sua dívida para venda ao mercado (debêntures) no valor de R$ 2,5 bilhões, que se somariam a mais R$ 2 bilhões em linhas de crédito de bancos estrangeiros para compras de equipamentos. Com isso, o valor estimado para entrada de caixa está entre R$ 6,5 e 7,5 bilhões.
A operadora também comentou sobre o leilão de frequências que deve acontecer no ano que vem. Ao Telesíntese, o presidente Eurico Teles afirmou que considera a participação nos leilões de espectro “tanto para as sobras quanto para as novas frequências de 5G”. Por conta dos limites de espectro estabelecidos pela Anatel, apenas a Oi ou uma operadora entrante poderiam comprar as sobras do leilão de 700 MHz.
Oi nega venda de operações móveis no curto prazo
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