A Samsung divulgou nesta quinta-feira (30) seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2020 que mostram um aumento de 23% no lucro operacional da empresa, que chegou a 8,15 trilhões de wons, o equivalente a R$ 35,5 bilhões. A fabricante coreana admite que as vendas de celulares foram mais fracas com a pandemia de coronavírus, mas a forte demanda por memórias ajudou a equilibrar as contas.
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Entre março e junho de 2020, a Samsung faturou 52,97 trilhões de wons, o equivalente a R$ 230,6 bilhões. Trata-se de uma queda de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, mas os ganhos foram maiores que o esperado inicialmente porque “a recuperação parcial da demanda global desde maio também ajudou a compensar alguns efeitos da COVID-19”, de acordo com a Samsung.
A divisão de dispositivos móveis continua sendo a que mais fatura: foram R$ 90,3 bilhões em receita, um número que deverá aumentar no terceiro trimestre com o “lançamento de novos modelos flagship, incluindo o Galaxy Note e um novo celular dobrável, a serem lançados no futuro evento virtual Galaxy Unpacked em 5 de agosto”, segundo a Samsung. Um deles será o Galaxy Z Fold 2, já revelado em imagens vazadas.
No segundo trimestre, a Samsung diz que conseguiu registrar lucro de 1,95 trilhão de wons (R$ 8,47 bilhões) com dispositivos móveis porque, com a baixa nas vendas, a empresa decidiu reduzir os gastos com marketing e com “promoções offline”. Um relatório da Canalys aponta que a coreana perdeu a liderança global do mercado de celulares em volume de vendas no período, sendo ultrapassada pela Huawei.
Samsung lucra com memórias e quer mais com novos consoles
Mas o que realmente dá dinheiro na Samsung é a divisão de semicondutores. O faturamento é ligeiramente menor que o de celulares, mas o lucro foi quase o triplo, chegando a 5,43 trilhões de wons (R$ 23,6 bilhões). A empresa se beneficiou da demanda por memórias para datacenters e PCs e acredita que o resultado será melhor no segundo semestre, “impulsionado por novos smartphones e consoles de jogos”.
A pandemia de coronavírus fez a procura por eletrônicos de consumo aumentar. A Samsung afirma que as vendas de máquinas lava e seca conectadas, além de refrigeradores Bespoke, que podem ser personalizados com cores e materiais diferentes, subiram. E, claro, com o maior número de pessoas em casa, os usuários compraram mais smart TVs, especialmente modelos QLED e com “telas ultragrandes”, com aquelas com mais de 75 polegadas.
Nos próximos meses, a Samsung espera um aumento no número de assinantes de 5G, graças a celulares de baixo e médio custo com suporte à nova rede. Aparelhos com câmeras triplas ou quádruplas e de alta resolução, como os que utilizam o sensor Isocell Bright HMX de 108 megapixels, também devem crescer. A empresa diz ainda que começou a produzir chips de 5 nm e já desenvolve um processo de 4 nm.
Samsung vende menos celulares, mas lucro sobe com demanda por memórias
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