Quem acompanha o mercado de hardware sabe que a Intel não está em um bom momento. Além dos problemas recentes de segurança em processadores e de atrasos na entrega de novos modelos, a companhia reconheceu que a sua tecnologia de 7 nanômetros tem problemas. A solução para essas dificuldades foi anunciada na tarde de segunda-feira (27): uma grande reestruturação interna.
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A reorganização atinge o Grupo de Tecnologia, Arquitetura de Sistemas e Cliente (TSCG, na sigla em inglês) da Intel. Essa unidade será dividida em seis subgrupos, cada um liderado por um executivo diferente:
- Desenvolvimento de Tecnologia;
- Manufatura e Operações;
- Engenharia de Design;
- Arquitetura, Software e Gráficos;
- Cadeia de de Suprimentos (Supply Chain).
Com essa nova estrutura, o TSCG deixará de ser liderado pelo Dr. Venkata “Murthy” Renduchintala, especialista em semicondutores que atuou como presidente da Qualcomm durante 12 anos e, em 2015, entrou para a Intel com a missão de ajudar a companhia a se reinventar tecnologicamente em um mercado em rápida mudança.
Não que Renduchintala seja o único “culpado”, mas sabemos que esses esforços não deram muito certo. Os chips de 10 nanômetros da Intel tiveram sucessivos atrasos e, na semana passada, a companhia admitiu que seus processadores de 7 nanômetros vão demorar mais do que o esperado para sair, só devendo ser entregues no final de 2022 ou início de 2023.
Se por consequência direta ou indireta disso, o fato é que o Dr. Venkata Renduchintala deixará a Intel em 3 de agosto.
Com a mudança, os esforços de desenvolvimento dos chips de 7 e 5 nanômetros da Intel serão conduzidos pela Dra. Ann Kelleherm, que ficará responsável pelo grupo de Desenvolvimento de Tecnologia do TSCG.
Bagagem para isso ela tem. Na Intel desde 1996, Kelleherm esteve por trás das operações de produção dos primeiros processadores de 10 nanômetros da Intel, bem como ajudou a companhia a se organizar para o enfrentamento da pandemia de COVID-19, só para dar alguns exemplos recentes.
Os planos para a nova fase ainda não estão totalmente claros, mas eles podem envolver uma mudança marcante na história da Intel: a terceirização da fabricação de processadores. Nenhuma decisão foi tomada nesse sentido, mas sabe-se que a companhia estuda essa possibilidade para não atrasar ainda mais a produção dos futuros chips de 7 nanômetros.
Intel anuncia reestruturação para desenvolver chips de 7 e 5 nm
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