segunda-feira, 18 de maio de 2020

Microsoft admite que estava errada sobre código aberto

Desde que Satya Nadella assumiu as rédeas da Microsoft, a postura da companhia com relação a softwares de código aberto mudou radicalmente. Se a administração de Steve Ballmer declarava guerra ao Linux e afins, hoje, a Microsoft se mostra receptiva a essas iniciativas. Mesmo assim, ninguém esperava que a empresa fosse admitir que estava errada quando criticava o open source.

Satya Nadella

Satya Nadella, CEO da Microsoft

Quem deixa isso claro é Brad Smith. Com mais de 25 anos de casa, hoje, o executivo ocupa o cargo de presidente da Microsoft, mas ele foi uma das vozes da empresa que mais lutaram contra o open source.

"A Microsoft esteve no lado errado da história quando o código aberto explodiu no começo do século e, pessoalmente, posso afirmar isso sobre mim", declarou Smith em uma conferência no MIT. "A boa notícia é que, se a vida for longa o suficiente, você pode aprender que... é preciso mudar", completou.

De fato, a Microsoft mudou. Isso não quer dizer que a companhia vai abraçar o software livre de vez ou abrir o código-fonte do Windows (a despeito das provocações da Free Software Foundation), por exemplo. O que a companhia tem colocado em prática é uma política de boa vizinhança, basicamente.

Esse é um grande avanço, pois o código-aberto já não é mais tratado como uma ameaça aos negócios da empresa. Da mesma forma, a companhia já não considera o "Linux um câncer" — essa afirmação foi dada por Steve Ballmer em 2001.

Brad Smith, presidente da Microsoft

As provas aparecem em uma série de iniciativas favoráveis ao código-fonte aberto que a Microsoft vem executando nos últimos anos. Um deles é suporte ao kernel Linux pelo Windows 10. Outro exemplo, mais recente, é a disponibilização do PowerShell 7.0 para Windows, macOS e Linux como um projeto de código aberto.

Até algumas iniciativas menores têm validade. A abertura do código da calculadora do Windows, bem como das primeiras versões do MS-DOS e do Word 1.1 contribuem para que futuros programadores ou até desenvolvedores experientes possam conhecer os pormenores de softwares criados nas décadas de 1980 e 1990.

Com informações: The Register.

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