quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Xiaomi discute custo Brasil e planos de fabricar celulares no país

A DL Eletrônicos, que representa a Xiaomi oficialmente no Brasil, está realizando um estudo sobre a viabilidade de fabricar celulares da marca no país. Em entrevista, um executivo da empresa comenta os efeitos da alta do dólar, menciona o "custo Brasil" como um dos maiores desafios, e diz acreditar que os brasileiros farão menos importação direta no futuro.

Xiaomi Mi Store

Luciano Barbosa, head da Xiaomi no Brasil, afirma em entrevista ao Mobile Time que um dos principais desafios para a operação nacional é o custo Brasil. "As pessoas veem o preço lá fora e comparam com o preço daqui; isso acontece com outras marcas também, mas no nosso caso é um desafio grande porque a Xiaomi é conhecida pela boa relação custo-benefício", ele observa.

O executivo entende que os consumidores querem escapar do custo Brasil. Ainda assim, ele acredita que "a compra no mercado local vai aumentar e a internacional será reduzida" no longo prazo, alegando que a maioria das pessoas não ficará satisfeita com a experiência da importação direta.

Barbosa aponta algumas possíveis desvantagens: os consumidores correm o risco de serem taxados; o produto pode vir com tecnologias incompatíveis, "como as frequências de 4G ou o plugue da tomada"; ou a mercadoria pode ser falsificada, "principalmente fones de ouvido, pulseiras e patinetes".

Quanto à alta do dólar, o head da Xiaomi afirma que isso afeta todo mundo: "no meu concorrente direto, sobe o preço da matéria prima; no meu caso, pesa direto no preço de venda... mas entendemos que o dólar alto vai impactar todas as marcas".

DL pode fabricar produtos da Xiaomi no Brasil

A DL está realizando um estudo para avaliar se é viável fabricar produtos da Xiaomi no Brasil; ele deve ser concluído no final de maio. "Se houver convergência em certos modelos, poderemos produzir localmente", diz Barbosa.

O executivo nota que, mesmo se o estudo for positivo, a DL não vai produzir o catálogo inteiro de celulares e outros gadgets no país: "não moveria todo o meu catálogo para produção local do dia para a noite, mas gradativamente".

Barbosa promete que a DL lançará mais 10 celulares da Xiaomi ao longo de 2020, sem mencionar modelos específicos. Atualmente, o portfólio conta com 14 smartphones à venda, todos importados.

A empresa tinha 260 produtos diferentes em dezembro; até o final deste ano, esse número deve aumentar para 500. Excluindo celulares, os itens mais populares são fones de ouvido, pulseiras, balanças, lâmpadas e repetidores Wi-Fi.

Os produtos da Xiaomi têm presença oficial em mais de 2,5 mil pontos de venda. A DL tem acordo com as lojas físicas das Casas Bahia, Pernambucanas e outras varejistas; além das Mi Stores em dois shoppings de São Paulo.

Com informações: Mobile Time.

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