Quem é que não gostaria de ter um SSD barato e com alta capacidade de armazenamento? A tecnologia PLC (Penta-Level Cell) para chips NAND que a Intel está desenvolvendo pode ser a resposta para isso, mas com um possível efeito colateral: dependendo das circunstâncias, o desempenho das unidades do tipo poderá cair consideravelmente.
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Para que você possa entender o que as especificações PLC têm de diferente, convém fazermos uma rápida recapitulação. Hoje, a indústria trabalha com quatro tipos de células de memória NAND Flash: SLC, MLC, TLC e QLC. O que os diferencia é a quantidade de bits que cada célula pode armazenar:
- SLC (Single-Level Cell): 1 bit
- MLC (Multi-Level Cell): 2 bits
- TLC (Triple-Level Cell): 3 bits
- QLC (Quad-Level Cell): 4 bits
O nome Penta-Level Cell já dá uma pista: o PLC vem para permitir que cinco bits sejam armazenados por célula. Isso significa que poderemos ter SSDs com mais capacidade de armazenamento, mas sem que essas unidades tenham que aumentar de tamanho físico, o que também implica em custo menor por gigabyte.
Mas existe uma limitação: a capacidade de armazenamento de dados pode até aumentar, por outro lado, o desempenho do SSD nas operações de leitura e escrita tende a cair à medida que cresce a quantidade de bits por célula.
Há soluções (ou paliativos) para isso. O Ars Technica dá como exemplo alguns SSDs recentes da Samsung, como o Samsung 860 QVO. Essa linha é baseada em chips NAND QLC (relembrando, com quatro bits por célula), mas conta com cache SLC (um bit por célula), um tipo mais rápido.
Graças a esse cache, o Samsung 860 QVO de 1 TB pode chegar a 520 MB/s (megabyte por segundo) na escrita de dados. O problema é que, se por alguma razão o cache ficar indisponível (como quando a demanda por operações supera a capacidade dessa memória), a taxa de escrita pode cair para 80 MB/s.
A Intel ainda não divulgou todos os detalhes referentes à sua tecnologia PLC, por isso, ainda não está claro quais taxas de leitura e gravação as unidades do tipo poderão atingir, tampouco a vida útil estimada que elas terão (mensuradas em ciclos de gravação).
Também não há informação sobre quando SSDs baseados em PLC chegarão ao mercado, mas o Ars Technica aponta que, dadas as prováveis limitações de desempenho da tecnologia, é possível que os primeiros modelos sejam destinados a datacenters ou soluções para NAS, por exemplo.
A Intel não está sozinha nessa empreitada. Companhias como Toshiba e Western Digital também já tocam pesquisas sobre chips PLC.
PLC: a tecnologia que pode deixar os SSDs baratos e com mais capacidade
PLC: a tecnologia que pode deixar os SSDs baratos e com mais capacidadepublicado primeiro em https://tecnoblog.net
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