A Polícia Federal cumpriu na terça-feira (23) quatro mandados de prisão temporária dos suspeitos de terem invadido celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.
As ordens judiciais foram cumpridas em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto. Entre os presos, estão três homens e uma mulher, que foram levados à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para prestarem depoimentos.
Além das prisões, a PF também atendeu a sete mandados de busca e apreensão ligados aos supostos invasores e às pessoas que teriam trabalhado com eles. Os mandados foram expedidos pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara de Justiça Federal, em Brasília.
A PF informou que a operação Spoofing, como foi batizada, tem o “objetivo de desarticular organização criminosa que praticava crimes cibernéticos”. Em nota, o órgão afirmou que “as investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados”.
O comunicado explica que a operação recebeu este nome porque demonstra “um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é”.
Segundo a Folha de S.Paulo, a Polícia Federal chegou aos suspeitos por meio de perícia criminal federal que rastreou sinais do ataque aos telefones. Os investigadores acreditam que o grau de capacidade técnica dos invasores não era alto.
A Polícia Federal ainda não estabelece ligação entre os quatro suspeitos e as mensagens enviadas no Telegram por Moro, Dallagnol e colegas. De acordo com o The Intercept Brasil, o material foi obtido “diversas semanas” antes da suposta invasão.
Além de Moro, outros integrantes do governo revelaram invasões a celulares. Na segunda-feira (22), o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou ter sido alvo de um ataque hacker. Segundo Guedes, seu número foi usado pelo invasor para criar uma conta no Telegram.
No domingo (21), a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), informou que também teve o celular invadido. Assim como Moro relatou em junho, quando seu aparelho teria sido invadido, a parlamentar também afirma ter recebido uma ligação do próprio número.
Com informações: G1.
PF prende 4 suspeitos por invasão a celulares de Moro e Dallagnol
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