segunda-feira, 1 de junho de 2020

Como funciona um oxímetro?

O uso de um oxímetro pode ajudar a monitorar o agravamento de uma contaminação pelo novo coronavírus — ele é, inclusive, usado pelos médicos. O aparelho calcula o nível de oxigênio no sangue e pode sinalizar se os sintomas pioraram, situação em que se deve procurar um hospital para frear os efeitos do COVID-19; saiba como funciona.

Entretanto, é importante saber bem como um oxímetro funciona para saber se ele é de fato necessário. O manuseio incorreto ou uso de aparelhos não qualificados para uso médico, comuns em aplicativos para smartphone e smartwatch, pode ser prejudicial.

O acompanhamento médico é, em todo caso, fundamental.

Depositphotos / Oxímeter de Pulso

O que é um oxímetro?

Oxímetro é um aparelho usado para testar a saturação de oxigênio no sangue (SpO2). Em formato de clipe, deve ser preso em alguma parte do corpo, como a ponta do dedo ou o lobo da orelha. O equipamento analisa, de forma não invasiva ao paciente, as hemoglobinas, moléculas de proteína no sangue que carregam oxigênio.

O oxímetro emite uma luz, que atravessa a musculatura sem causar qualquer dor, e chega à corrente sanguínea do paciente. Como as hemoglobinas têm diferentes taxas de absorção da luz caso estejam oxigenadas ou desoxigenadas, o aparelho consegue identificar se as moléculas estão carregando níveis normais de oxigênio ou não.

Uma pessoa saudável deve ter uma taxa de oxigenação em cerca de 95%. Pessoas que tenham insuficiência cardíaca, asma, pneumonia, câncer de pulmão ou que sejam fumantes tendem a ter uma oxigenação mais baixa. A saturação também pode variar conforme a idade. O aparelho também mede a frequência cardíaca do paciente.

Como oxímetro ajuda no combate ao COVID-19?

Um dos principais efeitos da contaminação pelo novo coronavírus é a baixa saturação de oxigênio. Algumas pessoas podem tê-la antes mesmo de sentir falta de ar ou de ter outros sintomas. Sendo assim, um oxímetro pode ser um aliado no diagnóstico.

Quanto custa um oxímetro?

Há modelos de oxímetro à venda na internet que variam de R$ 130 a R$ 550. Pode ser encontrado tanto em lojas de departamento, quanto em estabelecimentos específicos para venda de equipamentos médicos.

Segundo especialistas, o uso caseiro do oxímetro pode fazer com o que os pacientes busquem ajuda hospitalar antes que o quadro se agrave — o que pode ajudar a salvar vidas. Também pode ser utilizado em pessoas saudáveis em avaliações frequentes.

Se os testes constantes indicarem saturação abaixo de 92%, é recomendável que se procure um médico. Entretanto, não é o oxímetro que dará o diagnóstico da doença.

O equipamento será um indicador de que algo está atrapalhando as hemoglobinas de carregar oxigênio e o resultado deve ser sempre compartilhado com um médico.

Com os resultados do oxímetro, o médico determinará se o paciente deve realizar exames para verificar se a causa da baixa saturação é o novo coronavírus ou outro problema respiratório.

Depositphotos / Médico usa oxímetro em paciente

Quais cuidados deve-se ter?

O oxímetro de pulso (como na foto) é um aparelho simples e fácil de ser aplicado. Usuários leigos podem utilizá-lo em si mesmos ou em outras pessoas. E, por ser fácil de higienizar, é possível também emprestá-lo para quem mais precisar.

Em todo caso, o ideal é que profissionais médicos sempre façam acompanhamento, ainda que à distância, para garantir melhores interpretações dos resultados.

Alguns detalhes podem atrapalhar a leitura do aparelho, como o uso de esmaltes escuros nas unhas e o mau posicionamento do oxímetro. A posição do corpo — deitado, em pé, caminhando — ou até mesmo o dedo escolhido para o teste pode trazer variações na medição.

Além disso, nem todos os equipamentos disponíveis no mercado são capazes de realizar uma leitura eficaz. No Brasil, procure por certificados da Anvisa e Inmetro.

Smartwaches e celulares

Aplicativos para smartphones prometem medir a saturação pelos sensores de digitais, ou até mesmo pelas câmeras do aparelho. Já smartwaches dizem fazer o mesmo emitindo uma luz de LED no pulso dos usuários. Contudo, os resultados desses aparelhos não são tão confiáveis quanto os oxímetros de dedo já certificados.

Em 2019, um estudo publicado American Journal of Emergency Medicine, analisou três apps para iPhone e identificou que as plataformas têm pouca ou nenhuma capacidade de medir a saturação de oxigênio. Quanto aos smartwatches, especialistas ressalvam que realizar o teste no pulso não é a forma ideal de se ter resultados mais precisos.

Lembre-se de que os oxímetros não são eficazes em detectar o novo coronavírus. Há testes específicos para isso e mais confiáveis. Mas, se o paciente já tiver alguma condição que o torne mais suscetível a problemas de oxigenação, um oxímetro de qualidade com acompanhamento médico pode ser um aliado na pandemia.

Com informações: Healthline, Época, New York Times, Johns Hopkins Medicine.

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