Cada vez mais comum, o monitoramento por câmeras com reconhecimento facial se tornou alvo de um grupo nos Estados Unidos que defende sua proibição. Na avaliação do Fight for the Future, a tecnologia é “tendenciosa” e “não confiável”.
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Em seu site, o grupo oferece um formulário para que cidadãos enviem mensagens para congressistas e políticos locais. O objetivo é pressionar pela criação de leis que impeçam o governo de utilizar “esta tecnologia perigosa para espionar o povo americano”.
Entre as críticas apontadas pelo grupo, está a alta taxa de erro de sistemas de reconhecimento facial. O software usado pela polícia de Londres, por exemplo, registrou falsos positivos em mais de 98% dos alertas meses depois de ser implementado, segundo o The Independent.
O grupo também afirma que o monitoramento com reconhecimento facial é invasivo. “Agentes da lei frequentemente pesquisam bancos de dados com reconhecimento facial sem mandados – ou nem mesmo suspeita razoável de que você fez algo errado”, diz o site.
Para o Fight for the Future, o reconhecimento é impreciso e falha “sistematicamente” para identificar negros, mulheres e crianças. Além disso, o grupo argumenta que, caso se tornem frequentes, os sistemas de reconhecimento facial serão alvos fáceis para ciberataques.
“Essa tecnologia de vigilância representa uma ameaça tão profunda ao futuro da sociedade humana e à liberdade básica que seus perigos superam quaisquer benefícios potenciais”, diz o vice diretor do Fight for the Future, Evan Greer. “Não precisamos regulamentá-la, precisamos bani-la completamente”.
E no Brasil?
Por aqui, estados como Rio de Janeiro e São Paulo começam a adotar sistemas em grandes eventos e no transporte público. O governo fluminense informa que suas câmeras identificaram aproximadamente 8 mil pessoas foragidas, suspeitas ou desaparecidas no Carnaval devido ao reconhecimento facial.
Para chegar a esse número, o sistema verificou 3 milhões de rostos. Porém, no início de maio, quando os dados foram divulgados, a identificação levou a apenas 10 prisões. Além de identificar pessoas, as câmeras instaladas por Oi e Huawei também conseguem verificar placas de carros.
Enquanto isso, em São Paulo, o plano é usar reconhecimento facial no transporte público. O Metrô abriu um edital para a compra de um sistema de monitoramento para três linhas com o objetivo de aumentar a segurança.
Segundo a companhia, o sistema também poderá identificar e rastrear objetos, além de detectar a invasão de áreas. A licitação ocorre meses após a ViaQuatro, concessionária da Linha 4 – Amarela, ser obrigada a desligar telas que analisavam reações faciais de passageiros a anúncios.
Com informações: Naked Security.
Grupo quer banir uso de reconhecimento facial pelo governo dos EUA
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