O ministro da Justiça, André Mendonça, confirmou nesta terça-feira (2) que a Polícia Federal vai investigar quem expôs dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos, ministros e aliados. O grupo Anonymous divulgou ontem informações como CPFs, números de telefone, endereços físicos e bens declarados; parte disso está facilmente disponível através de buscas no Google.
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“Determinei à Polícia Federal abertura de inquérito para investigar vazamento de informações pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e demais autoridades”, escreve Mendonça no Twitter. “As investigações devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas.”
O DSI (Departamento de Segurança da Informação), órgão vinculado ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), também vai analisar o incidente. Mas o diretor do DSI, general de Brigada Antônio Carlos de Oliveira Freitas, afirma ao UOL que “muitos dos dados são requentados, em especial os do presidente, e muitos podem ser obtidos por pesquisa mais atenta na mídia aberta”.
De fato, é possível obter o CPF, RG, endereço físico e declaração de bens com uma busca no Google. Esses dados aparecem em processos judiciais e administrativos, em sistemas públicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), entre outros. Eis um exemplo:
Bolsonaro e filhos criticam exposição de dados
Ainda assim, a família Bolsonaro fez duras críticas ao incidente. As contas oficiais do vereador Carlos Bolsonaro e do presidente postaram no Twitter a mesma frase sobre o caso: “medidas legais estão em andamento, para que tais crimes não passem impunes”. (Carlos é apontado como responsável pelos perfis de Jair nas redes sociais.)
O senador Flavio Bolsonaro diz que os dados expostos são culpa dos “marginais do ‘pró-democracia’… expuseram meus dados pessoais e de minha família”. Por sua vez, o deputado federal Eduardo Bolsonaro promete ir à PF “para colaborar contra mais este ato criminoso contra nossa privacidade a fim de nos intimidar”.
O Anonymous também expôs dados sobre o deputado estadual Douglas Garcia (PSC-SP); o empresário Luciano Hang; o ministro da Educação, Abraham Weintraub; e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
Polícia Federal vai investigar quem expôs dados de Bolsonaro e ministros
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