Na noite desta segunda-feira (1º), o grupo hacker Anonymous expôs dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, dos filhos Flavio, Eduardo e Carlos, dos ministros Abraham Weintraub e Damares Alves, entre outros. A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai avaliar se abre uma investigação sobre o caso, mesmo que parte da informações seja de domínio público.
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Alguns dos dados “vazados” estão no Google
A conta @AnonymouBrasil, já suspensa pelo Twitter, divulgou links para arquivos no Pastebin com informações como CPF, RG, título de eleitor, número de celular, endereço de e-mail, endereço físico, bens declarados, score do Cadastro Positivo e dívidas registradas.
No entanto, boa parte desses dados pode ser obtida facilmente na internet. O site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem uma lista dos bens declarados de todo candidato à eleição — esta é a página sobre o presidente.
Além disso, o endereço físico e CPF de Bolsonaro, de seus ministros e de seus apoiadores estão em processos judiciais e administrativos que aparecem na primeira página de resultados do Google. É o caso do empresário Luciano Hang, por exemplo:
Ainda assim, segundo a Veja, a PGR vai analisar nesta terça-feira se abre uma investigação para apurar os dados expostos no Twitter.
O deputado estadual Douglas Garcia, por sua vez, acabou confirmando que as informações são mesmo legítimas: ele alegou que a divulgação dos dados foi “criminosa”, e prometeu ir à delegacia fazer um boletim de ocorrência.
Algumas horas antes, Garcia pediu aos seguidores do Twitter que enviassem provas contra pessoas autodenominadas “antifascistas”, incluindo nome completo, para seu endereço de e-mail da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).
O Anonymous teve como alvo:
- Jair Bolsonaro, presidente (sem partido);
- Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP);
- Flávio Bolsonaro, senador (Republicanos-RJ);
- Carlos Bolsonaro, vereador (PSC-RJ);
- Abraham Weintraub, ministro da Educação, e sua esposa Daniela Weintraub;
- Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos;
- Douglas Garcia, deputado estadual (PSC-SP);
- Luciano Hang, empresário.
Anonymous pode ser investigado por expor dados de Bolsonaro e ministros
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