A aquisição de empresas como WhatsApp e Instagram pelo Facebook voltou a ser alvo de investigação. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) pretende apurar se as transações violaram regras antitruste.
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Segundo o Wall Street Journal, a FTC quer saber se o Facebook comprou outras empresas apenas para neutralizar concorrentes em potencial. Um levantamento do S&P Global aponta que a empresa de Mark Zuckerberg comprou 90 empresas em seus 15 anos de existência.
O WhatsApp e o Instagram são os mais conhecidos, mas outras aquisições teriam ocorrido justamente para manter a estratégia de impedir a concorrência. É o caso do Onavo, uma VPN gratuita que prometia avisar usuários sobre sites mal-intencionados e proteger suas informações.
O serviço, que foi descontinuado, dizia em sua política de privacidade que analisava o uso de aplicativos e fornecia “análise de mercado e outros serviços para afiliados e terceiros”. Ao rastrear a atividade dos usuários, o aplicativo ajudava o Facebook a identificar serviços em crescimento.
O Onavo foi fundamental para a companhia decidir comprar o WhatsApp, por exemplo. Ele também contribuiu para que o investimento no Instagram Stories aumentasse, visto que o Snapchat já não estava crescendo tanto.
Na última semana, ao divulgar o balanço do segundo trimestre, o Facebook confirmou a investigação da FTC. A empresa não deu muitos detalhes e se resumiu a informar que a ação envolvia “serviços de redes sociais ou mídia social, publicidade digital e/ou aplicativos móveis ou online”.
Vale lembrar que, recentemente, o Facebook aceitou pagar multa de US$ 5 bilhões à FTC por conta do caso Cambridge Analytica. A empresa garantiu que a decisão vai causar “um movimento mais forte em direção à privacidade, em uma escala diferente de qualquer coisa que tenhamos feito no passado”.
Agora, a nova investigação da FTC pode levar a medidas mais drásticas. Entre as ações possíveis, estão a restrição da interferência do Facebook sobre algumas de suas propriedades e a determinação para o Facebook ser dividido.
Facebook é investigado nos EUA por compra de WhatsApp e Instagram
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