Amazon ou Microsoft. Uma das duas estava prestes a botar as mãos em um contrato de US$ 10 bilhões para prestação de serviços nas nuvens ao Pentágono, mas o Departamento de Defesa dos Estados Unidos decidiu suspender a concorrência. O motivo? Para o presidente Donald Trump, o processo pode ter sido manipulado para favorecer a Amazon.
- EUA abrem investigação antitruste contra Amazon, Apple, Facebook e Google
- Facebook aceita pagar multa de US$ 5 bilhões por violação de privacidade
Há algum tempo que o Pentágono procura um fornecedor único para o Joint Enterprise Defense Infraestructure (JEDI), projeto de computação nas nuvens e inteligência artificial que deverá ser capaz de processar grandes volumes de dados para fins militares e segurança.
É um projeto complexo, do tipo que só empresas grandes conseguem dar conta. Por isso, a concorrência acabou sendo reduzida a poucas companhias: Amazon, IBM, Microsoft e Oracle, basicamente. O Google também estava no páreo, mas desistiu no ano passado sob o argumento de que as exigências do Pentágono não se alinhavam aos seus princípios éticos.
Com o decorrer dos meses, o Pentágono acabou limitando a concorrência a dois fornecedores: Amazon e Microsoft. É aqui que os conflitos começam: a Oracle reclama de ter sido eliminada do processo injustamente.
Em ação judicial movida em dezembro do ano passado contra o Departamento de Defesa, a companhia alega que as condições impostas pelo Pentágono foram criadas para favorecer a Amazon.
O assunto acabou chegando a alguns parlamentares que, por sua vez, transmitiram as queixas da companhia a Donald Trump. Semanas depois, o presidente deu a entender que a Amazon pode mesmo estar envolvida em uma conspiração para ganhar o contrato com Pentágono.
Trump também pediu para que o assunto fosse investigado. Por conta disso, o Pentágono suspendeu temporariamente a concorrência. O processo será revisado por Mark Esper, novo Secretário de Defesa, que já tratou de deixar claro que nenhuma decisão será tomada até que ele conclua esse trabalho. Até então, a intenção era anunciar o vencedor do contrato neste mês.
Não é a primeira vez que Donald Trump se estranha com a Amazon. No ano passado, o presidente acusou a companhia de prejudicar o Serviço Postal dos Estados Unidos. Trump também acredita que Jeff Bezos usou o Washington Post para prejudicar a sua eleição — o jornal pertence ao fundador da Amazon desde 2013.
Com informações: The Verge, Politico.
Crítica de Trump à Amazon faz Pentágono adiar contrato de US$ 10 bilhões
Crítica de Trump à Amazon faz Pentágono adiar contrato de US$ 10 bilhõespublicado primeiro em https://tecnoblog.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário