sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Amazon e Apple são investigadas por acordo que prejudicou revendedores

A Amazon firmou um acordo com a Apple em 2018 para realizar a venda direta de modelos do iPhone em seu site. Agora, a parceria das empresas está sob investigação da Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês).

Amazon

Segundo o The Verge, a FTC pretende avaliar o impacto do acordo sobre o marketplace, modalidade em que a Amazon intermedia vendas de outros comerciantes. Isso porque a parceria permitiu que a Apple tivesse controle sobre quem poderia ou não revender seus produtos.

Em tese, o acordo foi feito para impedir que aparelhos contrabandeados ou enganosos da Apple fossem vendidos na Amazon. Na prática, ele fez com que centenas de revendedores legítimos deixassem de oferecer produtos recondicionados e que eram mais baratos.

O vendedor John Bumstead usava o marketplace da Amazon para vender MacBooks recondicionados e confirmou ao The Verge ter sido ouvido por representantes da FTC. Segundo Bumstead, eles queriam saber como o acordo entre as empresas impactou seu negócio.

O vendedor afirmou ter recebido um alerta da Amazon sobre as novas regras e, meses depois, deixou de usar o marketplace. A empresa não retirou revendedores por completo, mas a exigência de autorização da Apple para vender seus produtos impediu a presença de muitos na modalidade.

O acordo pode levar a uma queixa por violação de leis antitruste, já que a Apple estaria usando as regras para definir, por exemplo, um preço mínimo para revendedores comercializarem seus produtos. O processo também poderá levar a punições à Amazon, que já é investigada na Europa.

A Comissão Europeia quer saber se a empresa está adotando práticas anticompetitivas para conseguir vantagens sobre vendedores que usam o marketplace. Segundo os reguladores, a companhia tem acesso a dados de todas as compras e poderia aproveitá-los para sair na frente da concorrência.

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