A ordem executiva de banimento do TikTok nos Estados Unidos começa a valer no domingo (20). A medida foi publicada por Donald Trump em agosto devido aos supostos riscos que o serviço traz à segurança nacional dos EUA, mas foi criticada até mesmo por concorrentes da rede social. Em meio a tudo isso, a principal executiva da plataforma pediu o apoio do Facebook e do Instagram.
No Twitter, a CEO interina do TikTok, Vanessa Pappas, afirmou que o banimento é ruim para todos. Ela respondeu ao head do Instagram, Adam Mosseri, que também considera que o bloqueio será ruim para Instagram, Facebook e a internet de forma mais ampla. Para o executivo, a medida poderá abrir precedente para outras redes sociais serem alvo de ações parecidas em outros países.
“Se você está cético, tenha em mente que a maioria das pessoas que usam o Instagram está fora dos EUA, assim como a maior parte do nosso crescimento potencial. Os custos a longo prazo de países temperamentais fazendo demandas agressivas e nos banindo na próxima década superam a desaceleração de um concorrente hoje”, afirmou Mosseri.
Pappas, por sua vez, afirmou que a situação pede um trabalho em conjunto das plataformas para impedir o banimento. “Convidamos Facebook e Instagram a aderirem publicamente ao nosso desafio e apoiar o nosso litígio. Este é um momento para deixar de lado nossa concorrência e focar em princípios fundamentais como liberdade de expressão e o devido processo legal”, publicou.
A executiva atuava como diretora geral do TikTok e passou a ocupar a posição de CEO do TikTok após Kevin Mayer deixar a empresa em agosto, apenas três meses após assumir o cargo. Mayer, que trabalhou na Disney e liderou a criação do Disney+, informou em e-mail interno que tomou a decisão após mudanças no cenário político nas semanas anteriores, período em que Trump publicou sua ordem executiva.
Banimento impede novos downloads do TikTok
O Departamento de Comércio dos EUA publicou nesta sexta-feira (18) um documento para detalhar o alcance da ordem executiva de Trump, que impede empresas americanas de realizarem negócios com a ByteDance. O texto proíbe lojas de aplicativos como Google Play Store e App Store de oferecerem o aplicativo para download. A rede social, porém, ainda funcionará nos dispositivos em que já foi instalada.
A alternativa oferecida pelo governo americano para o bloqueio do TikTok era a venda da plataforma para uma empresa americana. A Oracle é apontada como uma das favoritas a um possível negócio, que envolveria a criação de uma nova companhia para administrar as operações do serviço nos EUA. Para tentar reverter a situação e impedir o banimento, a rede social processou o governo dos EUA sob a alegação de que não havia indícios de que o app traz risco à segurança nacional.
Depois da medida do Departamento de Comércio, o TikTok voltou a criticar o banimento ao afirmar, em comunicado, que já se comprometeu com níveis de transparência acima do que outros aplicativos estão dispostos a fazer. “Continuaremos a desafiar a ordem executiva injusta, que foi promulgada sem o devido processo e ameaça privar o povo americano e as pequenas empresas em todos os EUA de uma plataforma significativa para se ter voz e meios de subsistência”.
Com informações: The Verge.
TikTok pede ajuda de Facebook e Instagram contra bloqueio nos EUA
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