quinta-feira, 3 de setembro de 2020

SpaceX lança mais satélites Starlink e alcança taxa de 100 Mb/s

A SpaceX, de Elon Musk, continua engajada na missão de oferecer acesso à internet por satélite. Na manhã desta quinta-feira (3), um foguete Falcon 9 decolou do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para colocar o décimo segundo lote de satélites Starlink em órbita.

Lançamento do Falcon 9 com 60 satélites Starlink

Lançamento do Falcon 9 com 60 satélites Starlink

O lote foi lançado com 60 satélites. Com esse número, a rede Starlink passa a contar com cerca de 700 satélites que trabalham em órbita baixa — as distâncias em relação à Terra variam entre 540 km e 570 km — para levar acesso à internet a regiões remotas ou embarcações em alto-mar, por exemplo.

Um detalhe que chamou atenção na missão mais recente é a declaração de Kate Tice, engenheira sênior da SpaceX, de que os testes de conexão do programa já alcançam latências bem baixas e velocidades de download superiores a 100 Mb/s (megabits por segundo).

Em meados de agosto, usuários que participam da fase beta do serviço da Starlink nos Estados Unidos relataram taxas de download entre 11 e 60 Mb/s. Apesar dessa diferença, Tice não deve ter exagerado, afinal, a SpaceX tem condições de fazer medições mais precisas. Além disso, é possível que o serviço tenha sido otimizado nas últimas semanas.

De todo modo, ainda há muito trabalho a ser feito. A intenção da SpaceX é oferecer taxas de download superiores a 1 Gb/s (gigabit por segundo) e, ao mesmo tempo, manter a latência abaixo de 20 milissegundos.

Mas esses números só serão alcançados quando a rede Starlink contar com um número expressivo de satélites em operação. A FCC, agência americana equivalente à Anatel, autorizou a SpaceX a lançar cerca de 12 mil satélites. Metade desse total deverá entrar em operação no decorrer dos próximos cinco anos.

Satélites da Starlink

Há um bom motivo para a SpaceX almejar taxas de transferência de dados realmente altas: a FCC lançou um programa que destinará até US$ 16 bilhões pelos próximos dez anos a empresas que conseguirem lançar serviços de banda larga em regiões nos Estados Unidos que não são devidamente cobertas pelas modalidades de acesso à internet tradicionais.

Para tanto, a FCC requer que o serviço ofereça, por conexão, download de pelo menos 25 Mb/s e upload de ao menos 3 Mb/s. A expectativa é a de que esse programa beneficie mais de seis milhões de residências e empresas americanas.

Com informações: Ars Technica.

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